Os jogos das oitavas de final de hoje foram marcados por MUITA polêmica. Erros absurdos da arbitragem interferiram diratemente tanto no resultado como no andamento das duas partidas. E a FIFA insiste em não querer usar a tecnologia. Até quando teremos que lamentar falhas tão gritantes?
Alemanha 4x1 Inglaterra
O jogo mais aguardado das oitavas de final foi um dos mais bonitos de se ver nessa Copa. Muita raça e disposição dos dois lados, vários craques em campo, belas jogadas e, claro, muita polêmica. No fim do jogo, a vitória de 4 a 1 acabou sendo justa pelo que as equipes apresentaram em campo, mas um erro fatal da arbitragem não assinalou um gol legítimo da Inglaterra, que empataria o jogo em 2 a 2 e poderia mudar a história da partida.
O jogo começou disputado. A Inglaterra tinha até mais posse de bola, mas a Alemanha criava mais e Özil colocou o goleiro James pra trabalhar antes dos 10 minutos de jogo. E a maior objetividade do lado germânico acabou resultando no primeiro gol da partida. Aos 20 minutos, o goleiro Neuer deu um chutão para frente que virou passe para Klose já no campo inglês. O alemão venceu a trombada com Upson e bateucom frieza para tirar qualquer chance de defesa de James e abrir o placar.
A Alemanha aproveitou o desespero do English Team para abrir dois gols de diferença. Müller recebeu excelente passe de Klose e deu a bola para Podolski, que chutou e fez o segundo gol da partida. Vitória alemã garantida! Ou não...
Aos 37, a reação inglesa começou. Upson recebeu cruzamento de Gerrard e descontou. O gol incendiou a partida e a Inglaterra acreditou no empate ainda no primeiro tempo. Tanto foi que o gol saiu. Aos 38, Lampard chutou, a bola bateu no travessão e quicou dentro do gol, mas a arbitragem incrivelmente não viu e deixou o jogo seguir. O primeiro tempo terminou com um placar muito lamentado pelos ingleses que se viram prejudicados depois de conseguirem a proeza de fazerem dois gols em dois minutos, mas terem um deles ignorado equivocadamente.
No segundo tempo a Inglaterra voltou esquecendo da arbitragem e com a postura de uma grande seleção. A ofensividade rendeu uma falta aos seis minutos, que Lampard bateu no travessão para animar ainda mais a torcida inglesa. Mas, apesar da postura, a Inglaterra não conseguiu criar tantos lances perigosos e acabou dando espaço para o contra ataque alemão matar o jogo em dois lances seguidos.
Aos 22 minutos, os alemães pegaram a sobra de uma falta batida por Lampard na barreira e puxaram contra ataque. Podolski subiu pela esquerda e deu um passe perfeito para Müller, que acertou um belo chute. 3 a 1.
E se a defesa inglesa estava vulnerável com um gol de desvantagem, imagine como ela ficou precisando fazer dois gols em, 20 minutos para, pelo menos, levar o jogo para a prorrogação. A Alemanha soube aproveitar isso aos 25 minutos, quando, em outro contra ataque fulminante, Özil subiu novamente pela esquerda e cruzou rasteiro para Müller fechar o caixão e colocá-lo dentro do avião com destino à Inglaterra.
Argentina 3x1 México
O duelo latino americano foi feito por duas seleções que buscaram o ataque desde o início. Maradona fez algumas mudanças em relação ao time considerado titular visando uma postura mais firme defensivamente, mas o México começou melhor o jogo, criando as principais chances de gol. Eis que, num dos impedimentos mais absurdos da história das Copas, onde Tevez não estava atrás de 10, mas de TODOS os jogadores mexicanos, o bandeirinha não conseguiu enxergar a infração e, apesar do lance ser repetido no telão e todos verem o impedimento, a arbitragem não corrigiu o erro e confirmou o gol que abriu o placar do jogo e desestabilizou completamente os mexicanos. Melhor para a equipe de Maradona, que aproveitou a desatenção adversária para garantir a sua vaga nas quartas de final da Copa do Mundo.
Se a seleção Argentina passou para a segunda fase com 100% de aproveitamento, completamente badalada e com os olhos do mundo virados para os seus astros, o início do primeiro tempo foi uma verdadeira decepção para os fãs da Argentina. Os mexicanos tomaram a iniciativa do jogo e se mandaram para o ataque desde o apito inicial do juiz.
Logo aos oito minutos, Salcido acertou um belo chute de muito longe. A bola passou pelos braços do inseguro goleiro Romero e fez o travessão argentino tremer. No lance seguinte, a seleção do México conseguiu a posse da bola novamente e Guardado chutou de trivela, Romero só olhou e a bola raspou no pé da trave direita. A Argentina tentava responder, mas era bem anulada pela defesa mexicana. O domínio era dos comandados por Javier Aguirre. Mas eis que surge o 12º jogador argentino para acabar com os problemas: O bandeirinha italiano Stefano Ayroldi.
Aos 26, Messi tocou para Tevez em posição duvidosa, mas num lance onde um erro do bandeirinha seria tolerável. O goleiro Perez abafou a finalização do argentino e a bola sobrou para Messi. O camisa 10 tentou encobrir o goleiro e, no meio do caminho, Tevez, não na frente de dois jogadores adversários, como manda a regra, mas de NENHUM, cabeceou para o gol. Se já foi um absurdo o assistente não ver o impedimento, o cúmulo foi o replay (com tira teima e tudo) passar no telão, jogadores, bandeirinha e juiz verem a repetição e, diante do protesto dos mexicanos, a arbitragem ignorar tudo e confirmar o gol mais irregular dessa Copa.
Os jogadores mexicanos ficaram indignados e, ao que tudo indica, desconcentrados. E os hermanos souberam tirar proveito. Aos 33, o zagueiro Osorio se atrapalhou com a bola na entrada da área mexicana e praticamente a entregou nos pés de Higuaín, que entrou na área, driblou o goleiro e fez 2 a 0 para a Argentina. Di María e Higuaín ainda tentaram ampliar, mas a primeira etapa terminou mesmo com 2 a 0 no placar e muita confusão na descida para os vestiários.
Se o México tentou esfriar a cabeça para voltar do intervalo com o pensamento de tentar pelo menos empatar o jogo, o outro gol de Tevez (dessa vez sem polêmica) deu um banho de água fria no time da América Central. Aos sete, o atacante perdeu a bola para os mexicanos na entrada da área, mas recuperou a Jabulani e acertou um belo chute no ângulo. 3 a 0 no placar.
O México, apesar do golpe, pareceu pelo menos parcialmente recuperado da polêmica do primeiro tempo e criou seguidas chances de gol, com Guardado, Salcido e Hernández. Barrera, aos 24, finalizou bem e a bola até passou por Romero, mas Heinze salvou em cima da linha. Mas dois minutos depois, o gol saiu.
Hernández recebeu de costas para o gol, dominou girando e acertou um belo chute. Gol de honra de uma seleção que saiu de cabeça em pé da Copa de 2010.
Os dois erros de arbitragem cruciais nos jogos de hoje levantaram mais uma vez a polêmica sobre o uso da tecnologia no esporte. De um lado, os gigantes (E dinossauros) da FIFA, que insistem em defender o ideal de que o erro faz parte do futebol. Do outro lado, O RESTO DO MUNDO é quase unânime em defender o uso da tecnologia para corrigir erros de arbitragem. A FIFA diz que, sem essas polêmicas, o esporte perderia a graça. Pois o que não tem graça nenhuma é uma equipe fazer um gol legal e a arbitragem marcar uma infração inexistente. O que não tem graça é vermos uma equipe se esforçar dentro de campo exigindo apenas a neutralidade da arbitragem e, seja por falta de capacidade ou por má intenção mesmo, essa arbitragem comete erros que acabam por definir o rumo da partida.
Até quando essa burrice vai continuar? Será que teremos que esperar que Joseph Blatter saia do comando da FIFA para começarem a considerar a idéia e tomarem a decisão que o mundo inteiro defende?
2 comentários:
é você que ta escrevendo os post?
muito bem explicado,, que até eu entendi
kkkkk
beijo
Sou eu mesmo, Samara... tô praticando! Hahahaha!
Espero que tenha sido claro mesmo!
Bju
Postar um comentário