Hoje eu trago o fim da história do ogro mais famoso do mundo. Esperado pelos fãs, mas desagradando os críticos, Shrek Para Sempre (Shrek Forever After - DreamWorks Animation SKG - 2010 - EUA - 93 min. - Animação / Aventura / Comédia / Drama - Direção de Mike Mitchell - Roteiro de Josh Klausner e Darren Lemke) entrou em cartaz nesse fim de semana. Depois dos dois primeiros filmes serem sucessos absolutos de bilheteria e alvo de elogios de todos, o terceiro filme deixou a desejar. A tentativa foi criar um desfecho para a história de Shrek que agradasse da mesma forma que os primeiros filmes. Agora, só indo no cinema pra tirar as suas conclusões. A crítica ao filme dessa semana foi extraído do site Fred Burle no Cinema. Na sequêmcia, como de costume, tem os trailers oficiais legendados do filme. Boa leitura!
Sem Andrew Adamson, Shrek nunca mais foi – e nem será – o mesmo. O diretor soube bem dosar o humor ácido e as referências das duas primeiras partes, mas a terceira parte, sob a direção do então estreante no cargo Chris Miller, já não tinha mais o mesmo encanto das outras.
Em Shrek Para Sempre, Mike Mitchell (diretor de Sobrevivendo ao Natal e Gigolô Por Acidente) tenta resgatar a reputação da franquia, que supostamente chega ao fim, e também dar continuidade à arrecadação gigantesca nas bilheterias. Não conseguiu nem uma coisa, nem outra.
Nos EUA, onde o filme já se encaminha para sair de cartaz, a arrecadação não chegou nem ao patamar do primeiro e nem na metade do que fez Shrek 2. No restante do mundo (o filme já estreou em cerca de 20 países), a arrecadação tem tido o mesmo resultado frustrante que nos EUA. Além disso, a crítica também tem sido pouco favorável ao longa.
Em Shrek Para Sempre, o famoso ogro e sua amada Fiona mantém uma vida pacata no pântano, cuidando dos filhos e servindo de atração turística para os humanos, que não mais têm medo daquelas criaturas. Entediado com a situação e clamando por poder voltar a ser o temido e livre ogro que era antes, Shrek cai na lábia do mágico Rumpelstiltskin, que oferece a ele um contrato, no qual Shrek poderá ter um dia como no passado, em troca de dar um dia de sua infância para o mágico.
Shrek, então, é enviado para um mundo totalmente modificado, onde tudo é permitido e o surrealismo impera. Mas ele percebe que algo deu errado no contrato e precisará correr contra o tempo para desfazer o erro.
Como disse o Burro, numa das suas melhores sacadas: “Shrek tornou-se o próprio paradoxo metafísico!”. Pena que não é só o ogro que fica perdido na trama, sem saber como resolver o problema que ele mesmo criou. O roteiro se perde em meios à diversidade de opções de caminhos criados e apela para realidades paralelas e “efeitos-borboleta”, algo que poderia ser complicado e inteligente, mas é resolvido de maneira simplista e piegas.
As piadas só começam a funcionar lá pelas tantas, quando finalmente surge o Gato de Botas, em sua “versão alternativa”. Ele salva a graça e consegue arrancar algumas risadas das crianças que, até então (pelo menos na minha sessão), não haviam sequer se manifestado. Também pudera: com clima mais puxado para o drama, traduções péssimas e desnecessárias de algumas músicas (na versão dublada em português), um vilão sem graça e de nome dificílimo para as crianças brasileiras (repitam comigo: Rum-pel-stilt-skin), ação ineficiente e clima excessivamente sombrio, as reações não poderiam ser outras.
Shrek Para Sempre consegue ser um pouco melhor do que Shrek Terceiro, mas se esta for mesmo a sua despedida das telonas – e oxalá seja –, a chave utilizada para ir embora foi de latão e da porta dos fundos.
Trailer oficial nº 1 legendado de Shrek Para Sempre
Trailer oficial nº 2 legendado de Shrek Para Sempre
Espero que tenham gostado do Sessão TTJ dessa semana. Continuem comentando e votando, por favor!
Abraços... FUI!
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